Tomei a decisão de postar algo no blog agora, por que exatamente excesso pouco é bobagem. Tenho como única graduação psicologia, e no momento, fui fazer uma auto-análise de trabalhos para faculdade que já realizei, ou ainda vou realizar, e descobri que deveria ter uns cinco diplomas. Além de psicologia claro, já fiz uma palestra para Enfermagem na Puc/Betim, colaborei com alguns projetos de Comunicação Social, estou com um para fazer de Direito, já fiz trabalhos em Terapia Ocupacional, e se rebuscar na mente acho outras áreas. E o pior nem posso definir a minha, já que agora estou cursando letras. Como diria Dedé, vou enriquecer. Vou mudar de vida abandonar o subjetivismo, e as interpretações, e fazer exatas! Só assim mesmo para diminuir a carga de trabalhos e conseguir ganhar dinheiro. O problema é que como todo bom psicólogo sabe, o problema é mais complexo. Se faço trabalhos algum motivo tem; quais vocês que tentem adivinhar. Projeto a longo prazo mesmo, só tenho um. Entender a complexidade da mente feminina. Mas isso é para a vida toda, e mesmo assim, é capaz de passarem gerações e ainda não haver um consenso sobre este tópico tão fascinante. Mas tudo bem, não se pode ter tudo. Não falta de entendimento psicólogico, posso usar do entendimento carnal, se é que me entendem. Mais uma madrugada que entro noite adentro, tentando finalizar com tudo, e sem conseguir chegar nem na décima parte do que queria. Pensei em postar, um conto, falando de "um mundo perfeito", mas claro, perfeito para minha pessoa claro, já que cada um tem o seu modelo de perfeição. E a idéia é interessante, mas não sei se no momento é uma boa, já que um dos motivos pelo qual eu iria escrever, seria para cutucar certas pessoas, que atualmente tem me feito ficar irritado. E afinal de contas bem o sei, que minha irritação, não é com os outros, é afinal comigo mesmo. Como diz a frase do msn da Vivi :- "O que Pedro diz de Paulo, diz mais de Pedro do que de Paulo". Ou algo assim, a idéia da frase é essa, se é escrita assim ao pé da letra já não me lembro. Mas enfim, é aquela questão, se me irrita uma atitude x, é a pessoa que o faz que esta errada? Claro que não, afinal ninguém é obrigado a ser como eu quero, errado sou eu que ainda insisto em dar idéia. E estou repetindo demais a palavra "idéia" algo a mais tem aí. Caso para minha análise quarta-feira. No mais, já tinha dito a Polly, a alguns anos atrás, pessoas como eu e ela, estamos fadados, a uma certa incompreensão, não por que somos loucos ( e nem vem falar que tem loucura aqui Danny, e repare, já to usando até diminutivo), na verdade o que acontece é que o mundo é anormal, e só sobram poucas pessoas, como eu, a Polly e algumas outras de normais, o resto do mundo são de loucos. E a sério. Tentar me compreender pode levar a um surto agudo daquele pobre vitima que arriscar. Jogos mentais é comigo mesmo. Detesto sutilezas, e frescuras para falar, sou da opinião de que se a pessoa quer algo, que fale, o máximo que pode acontecer de errado, é ouvir um não, e isso é relativamente comum. Falo isso para que se entenda, meus jogos mentais não são sutis. Geralmente são bem mais diretos. Por que o que gosto é da discussão; adoro para falar a verdade. E discussão so ocorre com exposição de opiniões. Sou capaz de ficar horas debatendo um tema que me agrade. E com isso deturpando as mentes virginais, que acreditam em pureza, e delicadeza. Maldade? Nada. Maldade é quando te fazem de bobo. Eu deixo claro o que estou fazendo, quem se arrisca é por conta própria sabendo que pode se queimar. O que por sinal é outra coisa que gosto. Não gosto de coisas mornas, se é para fazer, ou ter algo, é para se queimar. Quanto mais emoção melhor. Bom pensando por esse lado, e abandonando de vez um conto de mundo perfeito, vou postar um que a algum tempo tenho em mente. Surgiu a idéia quando estava conversando no msn com a Naty, e por isso mesmo, é totalmente dedicado a ela. As românticas de plantão, é um desses contos de amor.
Destino
Gisele já estava parada no topo da cachoeira a alguns minutos, primeiro ela havia decidido por gritar, apenas isso gritar, liberar sua voz no mundo afora, tentando dar vazão aos seus sentimentos. Apesar de ter gostado disto, ainda se sentia perdida. E apesar de todos os conselhos, sabia o por que. As pessoas ao seu redor, amigas e amigos intimos, alguns de longa data, outros nem tanto, começavam a definir suas vidas. Queriam estabilidade. E embora ela conseguisse entender, não era o que ela considerava como ideal. Ela é do tipo de mulher, que só sente ajustada no caos. Se para a maioria, a calma da rotina é o ideal, para ela o agito das surpresas é o melhor. Que o mundo caísse ao seu redor! Mantendo um sorriso sincero, ela iria seguir em frente e dizer : Foda-se. Foi exatamente este o motivo que a levou a acampar, e neste dia subir ao topo da cachoeira. Sentia um impulso para tentar algo diferente. E sua analista sugeriu que ela tentasse algo mais calmo, como o camping, para reflexão, para relaxamento. Poderia ser com grupo de amigos, mas ela preferiu ir sozinha. Tinha dúvidas quanto a decisão. Ali, olhando a paisagem sentia falta do que deixou para trás. Não que estivesse apaixonada por alguém, ou que tivesse algo de importante para fazer. Nada disso. Queria apenas encontrar um bar em que pudesse encher a cara, falar suas bobagens e ir dormir tranquila, no ínicio de um novo dia. Afinal, bem sabia, que uma boa noite, é a que segue horas adentro terminando com o raiar do dia. Se preciso fazendo turnês por bares, mas bem poderia ser em um lual, com um bom rock tocado ao violão. E foi pensando nisto, que ela desceu estrada afora, decidida a fazer algo mais divertido com o que restava do seu dia.
O local em que estava acampada, é uma área própria para este fim. Várias barracas, postas próximas, uma piscina natural, a água correndo da cocheira, formando a piscina. Um pouco mais afastado mas visível, um restaurante, com vendas de bebida, sim, mas nisto ela é radical, beber sozinha não tem a mesma graça. É preciso companhia. E para sua sorte, foi o que achou quando em direção ao restaurante, pensando em comprar um salgado. Ouviu perto de uma fogueira, um grupo realizando exatamente o que ela queria. Um som ao violão. Vozes cantando. Led Zeppelin. Garrafas do que pareciam ser vinhos passando de mãos e mãos. Aproximou-se. Foi convidada a se juntar. Papo vem e vai, a noite passando, é apresentada a novas pessoas, a cada momento. Não é um caos total, mas é sem dúvida um divertimento muito maior do que horas antes.
De todos que conheçeu, homens e mulheres, foi com Paulo quem mais se entrosou. Como tudo que escolhemos, havia aí um motivo. Ele também se divertia na loucura, no caos, e abominava a normalidade. Quando sugeriram um jogo, que inevitavelmente terminava com uma das pessoas do grupo, virando um copo de vinho, ambos, foram os primeiros a aceitar. E quando novas idéias, surgiam, estavam lá prontos a opinar, ou fazer de acordo com o que gostavam. Quando por fim todos se retiraram, ainda estavam empolgados, conversando. E longe de serem púdicos, sabiam que terminariam nos braços um do outro. O que fizeram. Quando todos acordaram, eles ainda dormiam, cansados, do dia que gastaram conversando, fazendo sexo.
Como não acreditavam nessa coisa de amor, fizeram o que achavam mais prático, terminado o camping, se despediram, iriam trocar telefones, mas ela, lembrou-se de um filme, que havia visto, em que o casal, escreve em uma nota de dinheiro o telefone de um, e em um livro vendido a um sebo o telefone de outro, e se por ventura, o destino lhes trouxesse um dos dois, se reencontrariam, como não tinham sebo por perto, fizeram a mesma situação com duas notas, comprando uma besteira qualquer no restaurante.
O tempo passou, e nada, ou pelo menos nada na personalidade dela mudou. Claro, algumas coisas mudam, estava menos ansiosa ( a terapia ajudou ), mudou de emprego, o que a deixou mais feliz, e ganhando melhor. Namorou um tempo um cara, mas ele era muito caseiro para ela, perdeu a paciência, voltou para a vida de solteira. E tudo corria como sempre, festas, bares, flertes, amizades, sexo.
Foi então que em uma festa, reencontrou Paulo. Não sabiam até a ocasião, mas o conhecido de um conhecido era comum aos dois, e por coincidência, havia convidado a ambos para a festa. E novamente passaram a noite conversando, mas desta vez, já sabiam, podiam culpar o destino. Quando acharam conveniente saíram da festa. Foram se curtir, andando ruas , trocando olhares cúmplices. Ao fim casa dela, terminaram juntos na cama. E como agora o destino falou, decidiram se dar uma chance. Iriam tentar um principio de relacionamento. Ainda estão tentando. Não assumem que são um casal. Mas estão ai de mãos dadas desafiando o mundo; e fazendo da paz, o caos de cada um.
Aquele p.s grande:
Apesar de ter acabado por hoje, não sei por que mas estou com a sensação de que em um futuro próximo irei escrever mais sobre estes dois, do conto acima. Não garanto, apenas acho que vou. É um daqueles contos que fogem do que eu pretendia, minha intenção inicial era outra. Mas enfim, este é para você Naty. Se tiver mais aviso. E ainda te devo um outro; com a intenção original que me fugiu. A criatura hoje dominou o criador, rsrsrs. Bom, apesar de não ser tãoooooo romântico. Espero que tenham gostado. E pelo visto, com minha mente a milhão, até a próxima que não deve demorar quase nada. Abraços.
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Now playing: Glen Hansard and Marketa Irglo - Falling Slowly
via FoxyTunes
Destino
Gisele já estava parada no topo da cachoeira a alguns minutos, primeiro ela havia decidido por gritar, apenas isso gritar, liberar sua voz no mundo afora, tentando dar vazão aos seus sentimentos. Apesar de ter gostado disto, ainda se sentia perdida. E apesar de todos os conselhos, sabia o por que. As pessoas ao seu redor, amigas e amigos intimos, alguns de longa data, outros nem tanto, começavam a definir suas vidas. Queriam estabilidade. E embora ela conseguisse entender, não era o que ela considerava como ideal. Ela é do tipo de mulher, que só sente ajustada no caos. Se para a maioria, a calma da rotina é o ideal, para ela o agito das surpresas é o melhor. Que o mundo caísse ao seu redor! Mantendo um sorriso sincero, ela iria seguir em frente e dizer : Foda-se. Foi exatamente este o motivo que a levou a acampar, e neste dia subir ao topo da cachoeira. Sentia um impulso para tentar algo diferente. E sua analista sugeriu que ela tentasse algo mais calmo, como o camping, para reflexão, para relaxamento. Poderia ser com grupo de amigos, mas ela preferiu ir sozinha. Tinha dúvidas quanto a decisão. Ali, olhando a paisagem sentia falta do que deixou para trás. Não que estivesse apaixonada por alguém, ou que tivesse algo de importante para fazer. Nada disso. Queria apenas encontrar um bar em que pudesse encher a cara, falar suas bobagens e ir dormir tranquila, no ínicio de um novo dia. Afinal, bem sabia, que uma boa noite, é a que segue horas adentro terminando com o raiar do dia. Se preciso fazendo turnês por bares, mas bem poderia ser em um lual, com um bom rock tocado ao violão. E foi pensando nisto, que ela desceu estrada afora, decidida a fazer algo mais divertido com o que restava do seu dia.
O local em que estava acampada, é uma área própria para este fim. Várias barracas, postas próximas, uma piscina natural, a água correndo da cocheira, formando a piscina. Um pouco mais afastado mas visível, um restaurante, com vendas de bebida, sim, mas nisto ela é radical, beber sozinha não tem a mesma graça. É preciso companhia. E para sua sorte, foi o que achou quando em direção ao restaurante, pensando em comprar um salgado. Ouviu perto de uma fogueira, um grupo realizando exatamente o que ela queria. Um som ao violão. Vozes cantando. Led Zeppelin. Garrafas do que pareciam ser vinhos passando de mãos e mãos. Aproximou-se. Foi convidada a se juntar. Papo vem e vai, a noite passando, é apresentada a novas pessoas, a cada momento. Não é um caos total, mas é sem dúvida um divertimento muito maior do que horas antes.
De todos que conheçeu, homens e mulheres, foi com Paulo quem mais se entrosou. Como tudo que escolhemos, havia aí um motivo. Ele também se divertia na loucura, no caos, e abominava a normalidade. Quando sugeriram um jogo, que inevitavelmente terminava com uma das pessoas do grupo, virando um copo de vinho, ambos, foram os primeiros a aceitar. E quando novas idéias, surgiam, estavam lá prontos a opinar, ou fazer de acordo com o que gostavam. Quando por fim todos se retiraram, ainda estavam empolgados, conversando. E longe de serem púdicos, sabiam que terminariam nos braços um do outro. O que fizeram. Quando todos acordaram, eles ainda dormiam, cansados, do dia que gastaram conversando, fazendo sexo.
Como não acreditavam nessa coisa de amor, fizeram o que achavam mais prático, terminado o camping, se despediram, iriam trocar telefones, mas ela, lembrou-se de um filme, que havia visto, em que o casal, escreve em uma nota de dinheiro o telefone de um, e em um livro vendido a um sebo o telefone de outro, e se por ventura, o destino lhes trouxesse um dos dois, se reencontrariam, como não tinham sebo por perto, fizeram a mesma situação com duas notas, comprando uma besteira qualquer no restaurante.
O tempo passou, e nada, ou pelo menos nada na personalidade dela mudou. Claro, algumas coisas mudam, estava menos ansiosa ( a terapia ajudou ), mudou de emprego, o que a deixou mais feliz, e ganhando melhor. Namorou um tempo um cara, mas ele era muito caseiro para ela, perdeu a paciência, voltou para a vida de solteira. E tudo corria como sempre, festas, bares, flertes, amizades, sexo.
Foi então que em uma festa, reencontrou Paulo. Não sabiam até a ocasião, mas o conhecido de um conhecido era comum aos dois, e por coincidência, havia convidado a ambos para a festa. E novamente passaram a noite conversando, mas desta vez, já sabiam, podiam culpar o destino. Quando acharam conveniente saíram da festa. Foram se curtir, andando ruas , trocando olhares cúmplices. Ao fim casa dela, terminaram juntos na cama. E como agora o destino falou, decidiram se dar uma chance. Iriam tentar um principio de relacionamento. Ainda estão tentando. Não assumem que são um casal. Mas estão ai de mãos dadas desafiando o mundo; e fazendo da paz, o caos de cada um.
Aquele p.s grande:
Apesar de ter acabado por hoje, não sei por que mas estou com a sensação de que em um futuro próximo irei escrever mais sobre estes dois, do conto acima. Não garanto, apenas acho que vou. É um daqueles contos que fogem do que eu pretendia, minha intenção inicial era outra. Mas enfim, este é para você Naty. Se tiver mais aviso. E ainda te devo um outro; com a intenção original que me fugiu. A criatura hoje dominou o criador, rsrsrs. Bom, apesar de não ser tãoooooo romântico. Espero que tenham gostado. E pelo visto, com minha mente a milhão, até a próxima que não deve demorar quase nada. Abraços.
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