sexta-feira, setembro 12, 2008
Pequenos milagres no dia a dia
Iniciando mais um post, para variar escrito no decorrer de uma noite mal dormida, vou esclarecer logo assim de repente: - Quando falo em milagres não me refiro a religiões, seja elas quais forem, e não pretendo em momento algum, discutir teologia, ou mesmo a visão particular de que cada pessoa possa ter sobre o assunto. Quero deixar isto bem claro, para poder falar de algo assustador no mundo de hoje. E algo que percorre gerações, e esta presente em cada um de nós, e se quer notamos. Não tenho como definir este "algo", esta "coisa", em uma única palavra, mas usaria uma que melhor se aproxima da intenção. E é esta palavra insensibilidade. Isto mesmo, insensibilidade. Claro, que tem a pergunta, e como assim? e o que isto tem a ver com milagres?. Explico. Nós criamos uma sociedade, em que o normal é o degradante. Nossos jornais, nossos filmes, jogos, e tantas outras coisas, o que são? Não passam de um retrato cada vez mais cruel da violência. Um jornal hoje em dia, tem a venda proporcional ao número de mortes que noticia. Filmes, que trazem reflexões produtivas são logo dados como "cults" , não vendem não saem, o que vende é o horror, a violência. Jogos, nem preciso citar, é tema constante de debates. Deixo claro, não sou contra, ou não faço uso de uma falsa hipocrisia e digo que não jogo, não vejo, não leio a isso. Eu faço parte da mesma sociedade a qual critico, e uso dos mesmos meios tanto de comunicação quanto do resto. O que critico , não é a presença da violência em nosso meio (violência enquanto noticia, ou entretenimento), o que assusta. O que realmente assusta é o valor que atribuimos a isto. É a visão , quase prioritaria, quase de necessidade, a este tipo de sociedade. Hoje existe uma supervalorização da violência, que percorre todos os meios, e que nos torna co-autores, e co-dependentes dela. A pouco tempo atrás, assisti a um filme, em que o assassino prende suas vitimas em armadilhas, que são exibidas em um site, e quanto maior o acesso ao site, mais letal as armadilhas, chegando por final a matar as vitimas. E o detalhe é: Isto que nos tornamos, nós produzimos uma sociedade em que a morte se tornou produto, que a violência e o sofrimento são vendaveis. Existe solução? Existe. Isto é certo. Quais? Não sei. Mas aqui justifico o titulo e digo o motivo do termo que usei. Insensibilidade. Nós, e isto de certa forma é um apelo, deveriamos nos lembrar constantemente , não do mal que há, e sim do que eu chamo de pequenos milagres. E o que são estes pequenos milagres? Vou explicar os que eu vejo às vezes, se você que esta lendo entender, vai saber indentificar alguns, que eu mesmo deixei de passar. Então vamos lá, para não ficar muito sério, o primeiro milagre que posso dizer, é o fato de ainda haverem pessoas que lêem meu blog!!!! Brincando. Voltando ao papo sério. Citei este exemplo para uma amiga. Em meio a tanto caos, é um pequeno milagre aquela mãe, que todo dia acorda já cansada, para ir trabalhar, e ainda assim antes de ir, beija seu filho e o diz que o ama. É um milagre, ver nascer o sorriso, no rosto de quem se ama. E se nós, por si só, já não somos milagres em nossas quimicas do dia a dia, ainda consigo me admirar em ver o sol nascer, de prefêrencia se estiver com amigos, com um violão. E aquela pessoa, que depois de tanto sofrimento, de tanta perda, ainda consegue sorrir, e de braços abertos acolher aos outros e ajudar. E isto minha gente, isto é o que deveriamos ler nos jornais, é esta mensagem que devemos passar. Parece útopico, mas não é. Toda pessoa que eu conheço, sei que já teve contato com alguém que sofreu e se reergueu. E isto é um pequeno milagre. E meu amigo, minha amiga, não sei quem ao certo quem realmente lê a este blog, mas se você chegou até este desfecho, peço, que repare nos pequenos milagres, e se puder depois me conte, e viva você mesmo (a) um pequeno milagre. Vá a um parque , encostar em uma árvore e relaxar, ato tão simples, e que tantos negam dizendo que não possuem tempo. Viva um grande amor. E como dizia o poeta, amor de verdade não é para toda vida, mas que seja eterno enquanto dure. Sorria, quando você sorri, você não sabe, mas se tem alguém te observando, vai sorrir também. Pergunte aos outros como eles estão, mas pergunte querendo realmente saber. E ouça a resposta. Precisamos aprender a ouvir. E deixo por hoje um grande abraço. Um abraço carinhoso e sincero, porque abraçar é muito bom. Até outro post pessoal, e deixo um clipe bacana para vocês verem, e uma recomendação para ouvirem : Bruna Caram, excelente cantora, excelente escritora (ela tem um blog , so procurar pelo google galera), otimas músicas em seu cd de estréia. Recomendadissima (se algum dia ela me permitir posto um videoclipe dela). Agora vou de fato. Abraços.
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