Quem me conhece já sabe de alguns hábitos, um deles que cultivo a anos, minhas amigas psicólogas devem se lembrar, é o de ler, normalmente livros, em sala de aula, principalmente quando a matéria em questão me entedia. E em qualquer curso, em qualquer faculdade, existem certas máterias que não fazem o gosto, não somente meu, de qualquer pessoa. Neste semestre não me é diferente, felizmente de todas as matérias somente uma me desagrada. E como tenho que esperar a van, normalmente sem um centavo no bolso, acabo assistindo a matéria, e aqui deixo claro uma falha da UFMG, o horário de funcionamento de quase todas as áreas (biblioteca, lanchonete, etc...), é as nove horas da noite, o que para o estudante do curso noturno é um tremendo inconveniente, a lógica e o certo seria de que o funcionamento geral parasse junto ao término das aulas, dez e meia aproximadamente. Por falta do que fazer, mesmo não gostando da matéria em questão fico em sala de aula (calouros não matam aula, quando achar uma pessoa para ficar do lado de fora batendo papo não penso duas vezes). Enfim, o que faria em geral seria ler um livro então, mas como ainda estou com receio do professor, optei por outro passatempo. Pedi a duas pessoas que me falassem alguns verbos, com os verbos dados, escrevi mais um pequeno conto, para a alegria da galera, qualquer crítica ao conto, culpem as garotas que forneceram os verbos. O conto segue abaixo:
Estudantes
A primeira impressão quando a vi, foi a de que estava diante de uma pessoa focada, uma pessoa determinada a seguir com paixão os rumos do estudo. Atentamente, ela ouvia a cada palavra que o professor lhe dizia. Sorvia a sabedoria de um debate, sorrindo, como quem pede por mais. Sua dedicação em estudar, dava-me a sugestão de que nunca teria um lugar em seu pequeno mundo, tão vasto em conhecimento. E como tudo que na vida pode-se dizer como previsível, estava a minha humilde pessoa obviamente errada. No primeiro contato, bastou uma troca de sorrisos, para desencadear uma enxurrada de palavras, carregadas de emoções e idéias reprimidas de desejos ainda por vir. No segundo instante a vida tocava sua canção em nosso coração, arrematando a paixão de se viver, no impulso de amar um ao outro. A partir de então, nossos momentos, instantes vividos, estudos passados tornaram-se pura diversão, paixonite adolescente. E o romance adolescente de dois adultos, fazia mais novos a cada um dos dois. Cinemas, shows, bares, amigos, tudo se fazia motivo para sair. Sair, claro era razão suficiente para nos encontrarmos, e isto por sua vez deixava implicito uma louca vontade de andar sempre a sorrir. E a vida como sempre imprevisível, fez-se presente no destino. Um atraso, alguns minutos, um acidente banal, uma vida que se perde no dissabor da fatalidade. Todos os sorrisos, agora apenas lembranças, todo o amor evaporado no tempo, no ar. E agora neste pequeno requiem, peço que o único desejo que tenha possa se realizar. Cala-te coração!
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