sexta-feira, agosto 28, 2009

Divagando um pouco

Depois de tanto tempo sem escrever, eis que retorno, e acredito que neste momento, quem de vez em quando passa o olho neste blog, já deva ter se acostumado, é uma metamorfose constante de estilos, que posto. Hoje, decidi só divagar um pouco. Mas antes algumas desculpas, meu conto sequencial não foi pra frente, muito embora eu tenha quase toda a ideia em minha mente, fiquei desanimado para escreve-la, um dia quem sabe retomo o fio da meada e escrevo uma merecida conclusão... Hoje vou apenas citar aqui como me faz bem retornar aos estudos. Algumas pessoas obviamente sempre me perguntam, mas você não gostou de formar em psicologia? Vou começar por este ponto. Gostei, e gostei tanto que retornei aos estudos. São situações diferentes , mas para esclarecer um pouco quem me conhece vagamente, ou quem conhece mas não entende a decisão. Quando cursei a Fumec, eu tinha uma vaga ideia do que seria o curso, e mais vaga ainda, do como funciona uma universidade. Adorei minha experiência, por vários motivos, o primeiro que sem dúvida alguma tenho que citar foi minha sala. Adorei e adoro as pessoas com as quais estudei, e eu sei to devendo com urgência uma visita, ou melhor ainda arrumar uma festa e sair com minha antiga sala. Vou tentar fazer isto o mais rápido possível. Mas voltando, conheci pessoas maravilhosas enquanto estudava psicologia. Ai fica a pergunta, mas e o curso, o conhecimento? Recomendo a todos, o conhecimento que o curso de psicologia lhe dá, é ao mesmo tempo prazeroso, e sutil. Prazeroso no sentido de que , muitas das matérias, eu realmente gostava de assistir, outras nem tanto, mas isto caro leitor, acontece em qualquer curso. Sutil, por que é um conhecimento da vida e para a vida, e mesmo a pessoa que não vá trabalhar com ele, vai usa-lo algumas vezes sem perceber. Vou usar um exemplo, eu estava conversando, com uma amiga, que cursa letras comigo, em uma sala (Ufmg não é uniforme, é uma sala por matéria), e falávamos sobre pessoas que conhecemos, e ela me perguntou por que eu achava algo de uma pessoa, por que não poderia ser outra pessoa. Sem perceber expliquei: - "Bem, a personalidade desta pessoa é mais extrovertida...", ela em um momento, me cortou e disse : - "A o psicólogo falando". De fato, estava usando meu conhecimento de psicologia e nem havia percebido. Psicologia é assim sutil. E trabalhar com psicologia? Bom ai já é mais complicado, por que envolve o gosto pessoal, na área escolhida, por exemplo , se a pessoa gosta de trabalhar com RH, ela vai ser mais feliz profissionalmente (é uma das áreas mais requisitadas), e assim por diante. Neste sentido recomendo a todos estudarem psicologia pensando no prazer, se pensarem apenas no dinheiro, façam outra área! Agora comparando, as diferenças, Letras, eu já comecei sabendo o que esperar, tanto do curso, das matérias, quanto como é uma universidade e seus trabalhos (claro que Fumec é diferente da Ufmg, mas de uma maneira geral, quem fez uma universidade, já possui uma base de como funciona). Tem matéria que eu não gosto? Tem claro, já disse acima, sempre, e em qualquer curso, algumas matérias serão desagradáveis. Mas em geral adoro, e entrei sabendo quais matérias teria, ou seja já sabia o que esperar. É sempre bom? Claro que não, vai chegar um momento com trabalhos em cima de trabalhos, que estarei mandando a tudo e a todos para a puta que pariu. Universidade é assim. Mas estudar de novo? Bom quem me conhece já sabe que eu sou uma versão brazuca do nerd. Isto por que nerds norte - americanos, estudam mas não saem, não se divertem não bebem, mas nos brasileiros somos mais espertos. Eu saio encho a cara ( só de refri claro), quem conhece sabe. Quem não conhece volta mais no inicio do blog e lê as histórias, e História escrita desta forma, são reais mudei nomes em alguns casos, usei apelidos, mas são fatos que aconteceram. Por que como diria uma cronica que me enviaram nos tempos remotos, no Brasil não tem nerd. Temos o meio intelectual meio de esquerda. Aquele tipo que faz uma universidade, e depois da aula vai para o bar tomar uma gelada, pedir carne de sol com macaxeira, e enquanto o resto da turma não chega, discute futebol com o garçom. No meu caso alguns me chamam de cabeção, o que da na mesma, por que no fim das contas tudo termina em tira gosto e cervejas, quer dizer refrigerantes. Voltando a questão da universidade então. O que resta falar são das pessoas; bom primeiro estou a muito pouco tempo no novo curso. Então afirmar que vou fazer amizades, etc, não posso, é muito cedo ainda. Mas estou em um ambiente que permite este tipo de situação, quem formou comigo, não todos claro, mas boa parte, sem saudades disto, do clima universitário, de conhecer pessoas. Não sabe como isto funciona? Estuda, e faz um vestibular que vai entender. Mas por que certas pessoas não conseguem ou não acham isto? Bom, neste caso é como eu disse a uma grande amigo, que possui um excelente blog, o qual disponibilizarei no fim do post o link, o seguinte, não é por estar em uma universidade, que você vai conhecer pessoas, ir a festas, se divertir. É aquela ideia , uma pessoa pode estar no meio de cinquenta mil outras pessoas e nunca conhecer ninguém, tudo depende da pessoa. Vou usar um exemplo meu de agora. Minha primeira aula de literatura, sentei no fundão (alergia ao quadro). O professor passou o cronograma. Ao fim tinha uma divisão de grupos, em seminários, que teremos que apresentar bem ao fim do curso. O professor sugeriu que já montássemos os grupos, por não nos conhecermos, e para evitar formações de panelinhas. No que ele disse isto, eu e mais alguns no fundão já nos unimos , e criamos a panelinha do fundão. E começamos a conversar ali mesmo, sobre nossa recêm montada panelinha. Eu conheço pessoas, que entrariam em grupos, somente depois de convidados, e não procurariam conversar sobre as pessoas do grupo, passando assim a conhece-las. Eu conheço quem formou e que com sorte fez amizade com uma única pessoa! Acontece, vai de cada um. Eu por minha vez, em duas semanas lá, já conheci inúmeras pessoas, incluindo uma professora (que não é a minha), e que conheci como pessoa não profissional, só fui descobrir que era professora bem depois, conheci um sueco, e pasmem, eu que sou ateu, conheci até grupo de reunião de alunos com fé carismática! E eu acho muito bacana essa diversidade, esta oportunidade de expandir a mente. Estou gostando tanto, que reencontrei até mesmo meus objetivos perdidos. Nem tudo são flores, em alguns momentos irei me aproximar do surto (mais um pouco). Mas recomendo. E aproveitem, quem resolver seguir este caminho. Universidade não é somente sala de aula. Universidade vai bem além dos muros que a cercam. Saiba aproveitar. Como eu disse no principio do post, usei hoje só para divagar e expressar minha opinião pessoal. Mas com o animo que estou não demora muito para voltar, mesmo que só para deixar um conto. E para não falar que o humor morreu, vou finalizando com algo clássico, que alguns amigos já ouviram, outros não. As palas de um calouro (por que todo calouro é burro, mesmo o que já sabe o que faz). Primeiro erro: Pego minha matrícula, procuro a sala, entro na sala, confirmo com as pessoas do lado, se estava na sala certa. A professora entra, começo a anotar. Eis que a professora percebe que a sala esta estranhamente cheia. Resolve fazer chamada. E o que acontece? Eu e metade da sala, incluindo os que perguntei se estava na sala certa, erraram a sala. Ai pala dada , segui com uma parte da turba enfurecida em busca da sala perdida, por fim acabei achando (e interrompendo a aula de um professor duas vezes). Segundo erro. Aproveitei uma folga, e o fato de estar em uma grande universidade e fui em busca da biblioteca de outro prédio (fafich) procurar livros de psicologia para estudar matérias de um concurso que irei tentar. Entro no prédio, pergunto ao funcionário aonde fica o biblioteca e para lá vou. Chego la e começo as perguntas. Como faço para pegar livro sendo de outro prédio, quantos posso pegar e assim por diante. Término perguntando, se para poupar tempo, sabiam se ali poderia encontrar livros de concurso público. A funcionária disse que teria alguns , mas dependeria da área. Ao que falei psicologia, ela me disse que provavelmente tinha, mas na biblioteca da fafich, que ficava em outra parte, aquela era a biblioteca de economia. Pois todo calouro erra. Errar é humano e típico de calouros. Bom deixo aqui um abraço a quem for ler, e o link para o blog: http://hellishfireblast.blogspot.com/2009/07/os-filhos-da-idade-dourada-vagam-agora.html

----------------
Now playing: Jason Mraz - Lucky (feat. Colbie Caillat)
via FoxyTunes

Nenhum comentário: