segunda-feira, janeiro 14, 2008

Sobre tudo e nada ao mesmo tempo, e a triste história de Cleone.















Esses supostos escritores de fim de semana que custam a atualizarem suas obras são terríveis, ainda bem que não conheço a nenhum. Imagine a situação, se fosse necessário ter que relembrar acontecimentos deste o Natal? Claro que não é o caso aqui, vou citar , mas so por interesse próprio, afinal fizemos um amigo oculto interessante, se obviamente o dono do bar, não resolvesse dar uma de besta, e com algumas ausências , algumas não justificavéis, outras até plausiveis , se explicadas por motivos de escravidão maior. Mas foi divertido de modo geral. A êpoca que cerca o Natal tem uma qualidade interessante de manifestar nas pessoas um desejo de festejar constante, são várias justificativas , e ideias para festas, é claro, sempre tem um besta que apronta em festas, e acaba por exemplo, quebrando o chaveiro alheio, depois de horas em uma mesa de truco, e de pessoas sambando inexplicavelmente, entusiasmado com o desenho Ratattouile (se é que se escreve assim). E é claro, depois do Natal, temos a comemoração do virada de ano, infelizmente não foi em Moedas, mas foi boa. E com isso, todos seguimos adiante, afinal, nesta turma nossa, ninguém muda, todos zoam, e aproveitam, ainda mais que para quem esta antenado, dia 25 de janeiro, é o bloco da Taioba, e na outra sexta - feira, já é carnaval, isso sem contar que no dia 27 de janeiro, o glorioso, incrível, único, poderoso leão do Bonfim, estréia no campeonato mineiro, e dessa vez com um patrocinio forte. Bom, se for entrar em todos os detalhes, alguns como Capela, na praça do mineiro no dia 25 de dezembro, cedo, tri ébrio, cantando a toda e qualquer mulher que por ali caminhasse, ou o mesmo dizendo que não estava aguentando mais nada, bom se dito tudo, rende-se mais, porém como o (a) leitor(a) pode perceber pelas fotos acima, a bobografia desta vez mesmo que com tamanho normal, exige mais explicações, que virão a seguir, portanto sem mais delongas. A triste história de Cleone : As fotos acima, serão explicadas no decorrer da história que se segue. Minha pesquisa não conseguiu determinar exatamente a data de nascimento de Cleone. Sabemos, que cleone, nasceu no Brasil, filho de mãe e pai escravizados, e logo cedo, aprendeu que sua vida seguiria pelo caminho da escravatura. Tão logo nasceu, ainda um baby, já fora feito de escravo, ao som das chibatas açoitando as costas de seus pais, e companheiros da senzala, ele aprendia ainda no colo materno, a terrível desventura de viver. Logo conseguiu pronunciar suas primeiras palavras , e dar seus primeiros passos, ainda sem muita utilidade para o senhor da fazenda, era usado como cobaia, no teste de diversas cachaças desenvolvidas para exportação. Na medida em que crescia, seu fígado, diminuia, e sua tolerância ao àlcool aumentava, o que lhe ocasionou um vicio, mantido ainda nos dias de hoje. Ao finalmente conseguir andar corretamente, falar mais palavras, o senhor de sua fazenda "elevou" a carreira escrava do menino cleone, como registrado na última foto, com as crianças, a quarta criança, que não se enxerga, bem , logo atrás do menino, bom é Cleone, e em sua nova empreitada, servia ao senhor da fazenda quebrando as pedras do caminho. Um longo tempo se passou, antes que mudasse de profissão. Enquanto outros meninos, brincavam, sonhavam com futebol, Cleone, debaixo do sol e da chuva, quebrava pedra após pedra, dia seguido de dia. E aquilo lhe enchia de ódio e tristeza. Crescia amargurado, triste, sozinho. Embora cercado por outras crianças, so lhe era permitido o contado com as crianças escravizadas, e é claro, que ver aos filhos dos patrões estudando, brincando, lhe enchia de revolta. O tempo passava, nenhuma esperança era visivel, e Cleone crescia neste ambiente, tornava-se então um aborrescente. Na foto, em que aparece um braço branco, acorrentado, com um rélogio, é uma ocasião, em que o revoltoso Cleone, roubou a um relogio, do filho do senhor, foi apanhado , acorrentado, e chicoteado. O que gerou uma nova revolução da vida deste. O senhor, fez-lhe então moedor de cana oficial. Aparentemente isto não significava de nada aos dois senhor e escravo, mas a história nos mostra que esta transfêrencia , esta pequena mudança libertou Cleone, pois depois de premeditar, esperou calmamente que o senhor se aproximasse para lhe xingar, e em uma ágil ação, alçou um pulo, com a cana em mão em direção ao escravagista, golpeou-lhe a cabeça, e mais um golpe, agora a esquerda, passa-lhe a rasteira, sangra-lhe o nariz, chuta-lhe os bagos. Me desculpem entusiasmei com a luta. Bem, ao que interessa. Cleone escapa, de sua prisão, tornando-se para isto um assassino, foragido da lei. Passa a então vagar por entre o Brasil afora, sem destino, sem familia, sem amigos. De estado, em estado, bar em bar caminha. Noite após noite (de dia ele se escondia). Mas não sabia ele, que a vida não é um mar de rosas , e infelizmente por mais injusta que fosse a vida, ela seguiria seu rumo. E o rumo, o destino deles, estava na mão de um oficial de justiça, que por sua vez era amigo um pouco mais que intimo do senhor escravagista; e obcecado em vingar a morte do mesmo, percorreu todo o Brasil no encalço de Cleone. Não era dificil seguir ao escravo foragido, pois este em cada bar que entrava, fazia sua fama, de beberrão e fanfarrão. E o inevitável aconteceu. O oficial de justiça consegue enfim capturar Cleone. Vemos pela foto ao lado dele criança, a imagem de sua captura. Algemado, desolado, ensandecido, e entristecido, Cleone é julgado e condenado. Na prisão, torna-se novamente um escravo, um de seus convivas de cela, conhecido por tripe de mesa, faz-lhe de noiva, chamando o carinhosamente de Cleo. Entre uma sova , a curra diária, era por função de Cleo, lavar a roupa de ambos, banhar tripe, afaga-lo, e cantar belas canções de ninar ao pé do ouvido. Cleo, nesta fase de sua vida, andava meio depressivo, pensando em sucidio. Mas tripe, nada bobo, colocou vigias para que cleo não tentasse o ato suicida. Isso aumentou o número das curras, o que deixou Cleo bem ocupado. Com o tempo, quem diria a vida finalmente sorriu para Cleo, e em uma reviravolta incrivel, por bom comportamento escravo, Cleo recebeu a chance do governo de sair livre, sem queixas, desde que , participasse de um projeto de condicionamento de soldados e civis, gratuitamente como todo bom escravo. Cleone aceita. Muda-se para uma base militar ultra secreta. Passa primeiro por um treinamento intensivo de militar mau do bope. Forma -se com louvor. Passa então para a segunda etapa do curso. O condicionamento experimental. Meses de curra, so entre homens , permitem ao governo condicionar, aos ex presos através da manipulação sexual. Como podemos ver na primeira foto, tirada por satélite, com muito risco de sermos descobertos, Cleone esta na fileira de costa, ao lado do terceiro contando de frente a partir da condicionadora. Não posso citar nomes , pois o governo nega ter conhecimento, a verdade esta la fora, e assim por diante. Basta que saibamos, que nesta primeira turma, 99 por cento foram condicionados com sucesso, o único reprovado foi tripe de mesa, e foi durante este período que Cleone conheceu a sua senhora escravagista. Depois do curso, e do experimento , os condicionados participaram de algumas missões extra oficiais, tais quais o assassinato de PC Farias. Após algumas missões, como dito, Cleone foi liberado. Escolheu então Rio Acima, para viver com sua senhora e ama. Em algumas raras ocasiões sua mente tenta se libertar do condicionamento, mas logo volta a sua normal situação de escravo. Trabalha hoje (por motivos de privacidade, não direi aonde), é feliz, é escravo. Na terceira foto, a direita, podemos ver Cleone, saindo de sua casa , para ir trabalhar, com a pasta na mão, em Rio Acima ainda, e dentro da bolha metálica que sua mulher lhe presenteou para passear. Quando se diverti, ou seja, uma vez a cada século, encontra seu amigo tripe do qual tem muita saudade. Gosta ainda de ser chicoteado e beber cachaça, mas dessas atividades so é permitida por sua ama a primeira. Por não ter muito conhecimento geografico, acredita ser sua cidade imensa. E ao futuro dele, ninguém sabe o que reserva, a não ser claro a escravidão.

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