quarta-feira, janeiro 28, 2009

Peixinho dourado

O dia que te conheci, me lembro bem, caminhava em direção ao mercado, ia comprar alguma coisa que já me esqueci, encontrar uns amigos, tomar uma cerveja. Foi quando olhei de lado, te vi, toda mulher , toda linda, toda triste. Pensei em seguir caminho, mas ao ver suas lágrimas, algo tocou em mim, resolvi parar. Caminhei até você, sentada em seu canto a chorar. Perguntei se queria ajuda, nada disse, falei muitas bobagens, agora sei, e afinal em uma delas olhou para mim. Perguntei seu nome, disse-me o seu, levantou-se, e juntos nos pusemos a caminhar. Sentindo você pouco a vontade, peguei a falar da vida, de quem era, para aonde ia, e quando por fim conseguiu, me contou suas tristezas, chorou em meus ombros, e agradeceu. Lembrei então de uma história que havia lido, em que falava que deviamos ser como os peixes dourados, pois estes se adaptam a quase todos ambientes, vivem por um longo período, e apesar de algumas pessoas os criticarem por so lembrarem de algo por três segundos, isto é o que os torna especiais, pois assim não sentem falta ou culpa pelo passado, e so se dedicam ao presente. Você sorriu, não acreditou, mas aceitou meu convite para irmos comprar um peixinho dourado para que você cuidasse. Compramos, rimos, o dia não parecia ter fim, e quando enfim anoiteceu, me disse que não queria ir para casa, que não podia ficar sozinha, não aguentaria a noite assim. Convidei você a minha casa, relutante você foi. E neste dia dormimos, simples assim dormimos. Próximos um ao outro, ouvindo nossas respirações dormimos. Ao acordar, me surpreendeu a te olhar, tão linda, tão única, e com um sorriso, me deu bom dia e me beijou. E como foi bom, este primeiro momento, nossos corpos se tocando, agora com desejo, minha boca na sua. E com a calma dos amantes, fomos juntos ao banho, nos amando, nos tocando. Minha boca conheceu todo o seu corpo, a sua ao meu. Toques sutis, toques desejosos. Seus seios em mim. Meu sexo em você. O tempo passou, aprendemos a nos amar. Você mudou para minha casa. Vi você se tornar de novo uma pessoa feliz. Fizemos planos, desejamos mais. O mundo a nossa volta não existia se não para nós dois. Pensamos em nos mudar, em quem sabe, ter uma casa maior, e no futuro, termos um filho, ou uma filha que culminasse ao nosso amor. Cuidamos, de nosso peixinho dourado, e sempre que o víamos, lembravamos do ínicio. No meu amor sonhador, lhe fiz juras promessas, cobri tua cama em rosas seu aniversário, deitei-me com você sobre elas, e nos amamos loucamente. Para mim so havia você, e com você a vida seguia. E então, sem motivo sem razão, você adoeceu. Nenhum médico conseguiu lhe ajudar, e a morte assim sem mais, levou você de mim. Meu amor, meu coração que se perdeu, enterrado com você. Hoje olho o peixinho dourado, lembro do que fomos, sento em um canto, e sou eu quem me ponho a chorar...

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segunda-feira, janeiro 26, 2009

A república

Era uma vez uma casa, nesta casa vivia uma familia, mas a familia como toda familia, resolveu viajar, deixaram então apenas uma pessoa para cuidar da casa. Essa pessoa resolveu chamar alguns amigos, para que pudessem compartilhar da casa. E no ínicio dois destes amigos, para lá foram. Um deles criou até mesmo raízes no sofá, no qual ele se deitou e quase nunca se levantava. E tudo corria bem, Deus (Osíris) provinha o que precisavamos (a cerveja), e viviamos felizes. Mas como tudo na vida, a situação mudou, começaram a surgir novos convivas. Apareceram donos de bares, seres com tentáculos, ex namoradas, álcoolatras em geral; a perdição se formou. E todo dia , um ninguém José acorda já deitado , quer dizer, deixando os Los Hermanos de lado, todo dia , o dia so nascia a noite, e nascia já bêbado, seguia madrugada a fora, dia adentro, e terminava por poucas horas. So se alternavam os convivas, em alguns dias, chegavam a casa candidatos a vereador, em outros ilustres psicólogas, e assim por diante. A vida era uma festa, alguns até banda tentaram montar!!! Na base de um berrante, um sino, um batuque e muita bebida surgia ai uma banda. Nas folgas, a república resolvia trabalhar duro, e ir acampar no Bicame, ou participar de um churrasco lá, no qual alguns membros da república se travestiram de Batman. A comida? Na necessidade aprende-se de tudo, comesse de pasta a la exorcista, a pizza feita com biscoito cream cracker, ou qualquer coisa que houvesse pela frente quando não havia na república um cozinheiro de verdade. A faxina era apenas para não acumular lixo, limpava-se tudo a tarde, para uma hora depois voltar a sujar. Como toda república que se preze era músical. Ouvia-se de tudo e mais um pouco. Algumas vezes surgiam uns malakos, mas a república se unia para impedi-los de fazerem besteiras. Cerveja sim cerveja não, uma boa idéia surgia. E o tempo foi passando, algumas pessoas se perguntavam por quanto tempo , os habitantes da república sobreviveriam. Mas eles sobreviveram, assistindo muitos animês, rindo bastante, bebendo muito. Alguns mudaram com a experiência, e ficaram carecas, outros sumiram do conhecimento público. E depois de tanta festa, o que fazer? Participar do baile de formatura de seu amigo R.P (relações públicas). Que como todo baile de formatura (de faculdade) foi ótimo. Desnecessário dizer que bebida sobrando, etc... Paga-se por isso. Mas muito bom, e que saudade dá. Saudade dos tempos em se curte com sua sala, que quanto mais tempo juntos passam, mais amigos se tornam, saudade daquele clima gostoso. Mas é assim mesmo, mal mal a república se desfez, e já posso dizer tambêm, ahh que saudade da república!!!

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Love history in UFMG dark times

Estava a minha pessoa no dia presente realizando uma deliciosa redação na Faculdade de letras da UFMG, quando me dei conta, acabei! E ainda não podia sair da sala (tempo de sigilo). Esperei, esperei, esperei. Olhei o teto. Nada. Meia hora, nada. Uma hora nada. Me veio a idéia, vou escrever bobagens no rascunho, não usei a parte de rascunho mesmo. Fiquei com medo , dei pra trás. Resolvi então escrever no comprovante de inscrição da segunda etapa. O que se segue abaixo é a transcrição do papel para cá.

A love history

Era uma vez uma amêndoa gigante, e adivinhe so? Ela também falava, tinha pernas e a tardinha quando o sol se punha, colocava-se a correr. Não era muito de sair a danada, mas quando saia, ah! Como era levada. Dançava o break até o sol se por. Um dia, a amêndoa que se chamava Jane, encontrou o seu Tarzan. Era um belo dia aquele. O sol brilhava como nunca, as ruas riam de mansinho. E como toda vida que se encaminha para a morte, ia-se a Jane para a padaria de encontro ao seu amor, quando abismada olhou para dentro da padaria e avistou ele! O seu Tarzan, moreno , cheiroso, quente. Tarzan, conhecidissimo por sr. Café, estampava alegria por onde passava. Andava sempre com sua cachorrinha, miss fifi. E que paixão!! Sr. Café que já era quente por natureza, quase transbordava de alegria, senhorita Amêndoa por sua vez, estalava sua casquinha, quase se abrindo de amor, em sorrisinhos ternos. E assim se conheceram, em um incrivel happy ending se casaram, hoje moram juntos, e acrescentaram à familia, seu mais novo membro, o pequeno capuccino, que chegou para fazer compania a já então nascida filha do casal , miss Sukita. Um dia se separam, mas até lá vivem uma bela relação!

The end

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